13 dezembro 2010

Triste história de dois tristes animais que tristemente se juntaram num dia de grande tristeza

Fui nascido e criado
Segundo antigas tradições
De dia, corria com o gado
De noite, batia com portões.

Ao nascer era desejado
Por aqueles que me queriam
Quando viram o que lhes tinha calhado
Trocar-me era o que desejariam

Fui crescendo e crescendo
Até que comecei a andar
Eu era um gajo estupendo
Mas comecei a falar…

Depois de começar
Há sempre uma dificuldade
“Onde é o botão para se calar?
Está a ser uma incomodidade!”

Para além dessas questões
Também tinha outros senãos
Não se resolviam com abanões
Nem sequer com um bofetão

Um dia fui para a escola
Queriam que eu estudasse
Tomei o meu café Nicola
Fui, olhei e disse “Daaa-se!”

Aquilo não era para mim
Não gosto de estar preso
Então isto foi assim
Tentei sair de lá ileso

Passei rapidamente a tudo
Para ver se me livrava
Mas como sou um cabeçudo
Na Universidade tentei a minha entrada

Entrei num curso porreiro
Onde nem preciso de estudar
Aconselho ao mundo inteiro
Este curso de encantar

Em muita coisa é profícuo
Cortes de dedos e outras chatices
Não sendo muito promíscuo
Está cheio de labreguices

A minha vida aqui se resume
Em poucas linhas se pode escrever
E tal como é costume
Ainda tenho de ir comer

Por ora acabo aqui
Desta forma um pouco à toa
Mas nunca eu pretendi
Que este post fosse coisa boa

O Coelho e o Pato
(Estavam separados)
Coitados, pobres animais
Fizeram então um trato
O de não se separarem mais

E foram juntos correr na campina

2 comentários:

  1. Mas quem é que se lembra de fazer um poema em véspera de entrega para publicar num blog destes??
    Só mesmo estes dois malucos!

    ResponderEliminar
  2. Páh! Só podem estar de zoação comigo!
    Onde está o meu comentário?!?!? Juro que tinha escrito aqui meia duzia de linhas jocosas cujo conteudo de momento não me lembro!
    Enfim....Gostei muito, um poema digno deste blog!

    ResponderEliminar